Durante o segundo e último dia da Pré-COP em Brasília (14/10), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil lançou o Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis — “Belém 4x” — que busca apoio político para a meta global de quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035, com base no relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) “Delivering Sustainable Fuels – Pathways to 2035”.
O Belém 4x visa estimular a adoção mundial de fontes limpas como hidrogênio e seus derivados, biogases, biocombustíveis e combustíveis sintéticos em substituição a fósseis — contribuindo para a descarbonização e enfrentamento das mudanças climáticas.
Países como Japão, Itália e Índia já manifestaram apoio, e a expectativa é de novas adesões na COP30, marcada para 6 e 7 de novembro em Belém.
Além disso, outro relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) sobre energias renováveis e eficiência energética indicou que o mundo alcançou 582 GW de capacidade renovável em 2024, mas precisará avançar com mais 1.122 GW anuais até 2030 — e que a melhora na eficiência energética foi de apenas 1% em 2024, distante dos 4% anuais exigidos.
O estudo alerta para a necessidade de políticas interligadas, flexíveis e equilibradas, maior investimento (especialmente em países em desenvolvimento) e maior participação do setor privado, visto que 90% dos projetos de renováveis já se mostram mais econômicos que os fósseis.
Entre as recomendações estão: integrar metas renováveis nas NDCs antes da COP30; dobrar a ambição coletiva dessas metas; e elevar o investimento anual em renováveis para ao menos US$ 1,4 trilhão entre 2025 e 2030 — mais que o dobro dos US$ 624 bilhões investidos em 2024.
Fonte: cop30.br
Foto: Letícia Clemente/MRE
